A resistência contra a Teoria de Darwin e a idéia de que o homem descendia do macaco não pode ser melhor ilustrada do que pela reação da esposa do bispo de Worcester ( Inglaterra ):
“Por Deus !” , exclamou ela,
“descendemos do macaco ? !
Esperemos que não seja verdade.
E se for…rezemos para que ninguém fique sabendo”.
As descobertas dos geólogos e paleontólogos já haviam sido publicadas. Charles Darwin (1809-1882), nasceu no mesmo dia que Abrão Lincoln, 12 de fevereiro de 1809, o emancipador da mente humana das cadeias da ignorância e Lincoln o emancipador do corpo humano dos grilhões da escravatura. Ambos contribuíram para a nobreza permanente da raça humana. Darwin, diplomado na Universidade de Cambridge, que resolvera não seguir a tradição da família, a medicina e estava disposto a entrar no clero, teve a intuição e a capacidade de observação, o tempo e a tenacidade suficientes para ordenar num sistema coerente os fatos naturais e os conhecimentos guardados nas bibliotecas.
Seu avô paterno, Erasmo Darwin, foi um naturalista famoso, que escreveu um poema sobre Amores das Plantas e um livro sobre Zoonomia, ou as Leis da Vida Orgânica, seu pai era o Dr. Robert Waring Darwin, sua mãe morreu quando ele tinha 8 anos. Quando jovem instalou um laboratório secreto no jardim do pai. Portanto era muito de esperar da família puro-sangue Darwin. Como Goethe, aprendeu muito pouco em sala de aula. Era desleixado e desatencioso, mas aprendeu muito fora, inclusive a beber, namorar e jogar.
E foi assim que o pai decidiu que o filho não tinha vocação para médico e o internou com 18 anos em um colégio para ser clérigo, onde passou três anos que foram “tristementes desperdiçados. E, o que foi pior, desperdiçados em beber, rezar, cantar e jogar cartas. Foi aí, entretanto que encontrou e conheceu o eminente cientista e professor Henslow.
Por intermédio de sua recomendação lhe permitiram embarcar como naturalista, porém não tinha idéia da direção em que suas investigações iam levá-lo, e como observador não começou com teorias mas sim com os fatos. Quando voltou, estava pronto a sacudir os alicerces sobre os quais a igreja estava construída.
Em 1831, partiu de Plymouth. Iniciou uma viagem em volta do mundo a bordo do Beagle, viagem que durou cinco anos. O empreendimento dessa viagem consistia em mapear as costas pouco conhecidas da América do Sul, Brasil, Terra do Fogo, Galápagos e as ilhas dos mares do sul do Pacífico. Como “naturalista de bordo” inacabado, geólogo amador ativo e curioso, colecionador insaciável, mas com 22 anos ainda não era um cientista profissional, apaixonado pela natureza, Darwin recolheu uma grande quantidade de rochas, fósseis animais, conchas, animais .
Nessa ocasião ele esteve na Ilha de Fernando de Noronha , na Bahia e Rio de Janeiro, entusiasmando-se com a vegetação encontrada nesses locais. A longa viagem tornou o jovem biólogo um observador apaixonado da natureza. No arquipélago isolado de Galápagos, situado no oceano Pacífico, Darwin fez uma descoberta durante sua estada de quatro semanas: em cada uma das ilhas vivia uma espécie de tentilhão diferente, que ocupava sempre um nicho ecológico determinado. Ao observar cuidadosamente cada uma das espécies Darwin chegou à conclusão de que todas essas espécies de tentilhões deviam estar estreitamente aparentadas entre si. Depois de muitos outros estudos. Darwin chegou em 1836 à Inglaterra com a convicção de que as espécies se desenvolvem em direções diferentes, se viverem isoladas umas das outras. A pergunta era : por quê ?
Para sua viagem a bordo do Beagle, que duraria cinco anos , o jovem Darwin levou também os recém aparecidos Princípios de Geologia, de Charles Lyell. Nestes, Darwin encontrou os argumentos comprovadores de uma grande antigüidade da Terra, argumentos que eram necessários para provar a teoria do desenvolvimento de seres vivos complexos a partir de seres simples. De regresso à Inglaterra, se esforçou durante dois anos para achar o mecanismo motor do desenvolvimento das espécies.
A idéia decisiva ocorreu-lhe no dia 3 de outubro de 1838, ao ler a obra do clérigo e matemático britânico Thomas Robert Malthus, Estudos sobre os princípios da população. Malthus, estava convencido de que qualquer população cresceria infinitamente se não lhe pusessem limites, tais como falta de alimento. Assim, Darwin, adotou o conceito da “luta pela sobrevivência”: Sob essas circunstâncias, manter-se-iam somente as adaptações vantajosas, ao passo que as desvantajosas seriam eliminadas. O resultado seria o nascimento de novas espécies.”Darwin, estava consciente daquilo que havia descoberto.
Aristóteles , grande filósofo grego foi o primeiro a ser dar conta da extraordinária semelhança existente entre o desenvolvimento embrional de um indivíduo humano e o diferente estado evolutivo das diversas espécies animais e as semelhanças físicas entre o homem e os macacos e a diferença básica entre o homem e o animal:“De todos os animais, o homem tem, proporcionalmente a seu tamanho, o cérebro maior”. Há 2000 anos antes de Darwin, a essência da teoria da evolução. Pela primeira vez, podia ser substituída a regra da causa final, o objeto, por exemplo um ser vivo, como causa. Seu aspecto exterior desenvolvida por Aristóteles, por uma nova: a sobrevivência dos organismos mais bem adaptados como causa e mecanismo do desenvolvimento das espécies. Essa descoberta revolucionária funda-se sobre quatro suposições básicas:
Apesar de Darwin dispor de observações válidas suficientes para poder superar sua ignorância das causas da variedade genética, esperou vinte anos antes de escrever sua teoria da evolução. Muito minucioso, queria antes esclarecer as conseqüências filosóficas de sua obra sobre a imagem que o homem tinha de si próprio. Isso porque essa teoria implicava que o homem e também a “cidadela” (como Darwin chamava ao espírito humano) tinham uma origem material, e esse materialismo era considerado uma heresia naquela época temente a Deus.
Entendo perfeitamente como se sentia Eu mesmo também casado com uma católica , levei dez anos para me livrar do “vício” e da má influência da “ditadura da religião celestial” e da celebração à Deus.
A Teoria do Evolucionismo não era desconhecida dos gregos e romanos. Com o advento do Cristianismo, porém, essa teoria foi esquecida e a fábula da Criação, tal e qual, se conta no Velho Testamento, foi adotada em seu lugar. O mundo levou dezoito séculos para tornar a atingir a velocidade científica que se perdera entre os pescadores da Galiléia, tão amantes de lendas. Na verdade, tão forte foi o domínio da mitologia judaica-cristã sobre a imaginação do mundo ocidental que Darwin, em vinte anos de estudo, se sentiu como um assassino de Deus, quando revelou a sua teoria da evolução. Porque matava a idéia de Deus Criador. Assassinava o agradável mito da alma imortal do homem.
A idéia desse livro somente surgiu quando visitei a exposição de Darwin no museu do Masp em São Paulo no ano passado, embora já conhecesse toda a literatura sobre ele. Resolvi relatar as minhas idéias e isso em pleno século XXI. Apesar de todas as evidências de sua teoria demonstrada na exposição o que mais me chamou a atenção além dos áudios visuais, é a batalha contra o pensamento da época da época dominado pela igreja, e inclusive sua vida particular. Ele tinha algo de sentimento budista pela natureza e pelos animais.Como sua esposa que era muito religiosa não acatava bem a descrença dele, mas o apoiou sem nunca tentar dirigi-lo e quando ele sofria com a doença degenerativa , cuidava dele com ternura. Através da teoria da evolução desafiou os dogmas religiosos e comprovou o naturalismo da vida na terra e o desenvolvimento gradual ao longo de milhões de anos. A partir de então, não havia mais e nem menos motivos para acreditar que esse mundo cheio de sofrimentos tivesse sido construído por um desejo benéfico e com intervenção divina. Juntamente com outros acontecimentos religiosos do passado e presente, que relato, terminei me tornando descrente total da religião cristã e chocado com o barbarismo da cultura e religião islâmica.
Darwin, depois de duas décadas, recebeu em junho de 1858 uma carta do Extremo Oriente, enviada pelo naturalista inglês Alfred Russel Wallace. Wallace, descrevia suas idéias, apoiadas por anos de observações, sobre a origem das espécies, idéias estas que se assemelhavam extraordinariamente à teoria da evolução de Darwin. Ambos concordaram em apresentar suas idéias à Sociedade Lineu, de Londres, o que aconteceu discretamente. Pouco depois, a 24 de novembro de 1859, Darwin publicava em Londres sua obra revolucionária, com o quilométrico título de “A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Conservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida”, este livro botava abaixo a anedota de Adão e Eva e o Jardim do Éden num dilúvio de dados científicos, a tiragem de 1250 exemplares esgotou-se no mesmo dia. Embora tenha evitado qualquer referência a uma origem comum de homens e animais, salvo uma frase um pouco dúbia, estalou a polêmica entre os que acreditavam na criação divina e os evolucionistas. Há resistência contra a teoria de Darwin e a idéia de que o homem descenda do primo macaco até hoje.
Charles Darwin voltou a esperar mais uma década antes de publicar, em 1871, seus pensamentos sobre a origem do Homo Sapiens, registrados muito antes em seus cadernos de apontamentos, na obra “A Descendência do Homem e a Seleção Sexual”, em que registra o homem à ordem dos primatas. Nessa obra analisou fenômenos comuns aos homens e macacos , como o instinto, o afeto e a conduta social, temas que mais tarde desenvolveria mais detalhadamente em sua obra A expressão das emoções no homem e nos animais. Enquanto a teoria evolucionista de Darwin e Wallace se implantava nos meios culturais e nos meios científicos, os debates encarniçados, entre a opinião pública e as igrejas se mantiveram em parte até os nossos dias. Segundo a teoria , o homem não é senão um degrau mais alto que os chamados animais inferiores. Credita-se a ele, que o homem é descendente dos macacos. Na realidade, ele nunca afirmou tal coisa. Achava que homens e símios são descendentes de um ancestral pré-histórico comum, atualmente extinto. O macaco em outras palavras, não é nosso avô, mas primo.
O homem, segundo Darwin, é a mais elevada forma da vida humana, sobre a terra. Conseguiu o domínio sobre os outros animais por meio da lei da sobrevivência dos mais capazes. Pela palavra de Darwin mais capaz, não significa, necessariamente, o mais forte nem o mais sanguinário. Entre os animais inferiores, sem dúvida, a seleção natural se processa pela luta física e a exterminação. Dentro da esfera humana, porém, a luta individual é substituída pela cooperação social do grupo inteiro. A lei da selva não se aplica mais à vida do homem e lentamente, e coloca lenta nisso, vamos aprendendo o fato de que o melhor meio de garantir a sobrevivência do ser humano individual é trabalhar pela conservação da humanidade. O homem, portanto, é um animal social. Não foi criado à imagem de Deus. Não é um anjo caído, mas um selvagem evoluído, seu caminho não desce, intimamente ligado a tudo que se move, respira e luta. Na escala da vida evolutiva ele ainda deve ser classificado como animal, mas um animal com infinita capacidade para amar.
Darwin numa vida, mesmo que durante quarenta anos, foi um semi-inválido, dedicado aos estudos, das borboletas, besouros, orquídeas, sapos, os instintos dos pombos, a anatomia dos coelhos, patos e aves domésticas, as medidas dos cavalos, o plantio de sementes e sua flutuação em água salgada, com as conjeturas sobre o transporte de todas as germinações para terras distantes, plantas raras, a troca de idéias com cientistas de todo mundo, os anais sobre cruzamento híbrido, a classificação e vida das cracas, enfim foram de estudos e dissecação e classificação, que muitas vezes sacrificaram a saúde de Darwin. Foram anos de controvérsias acadêmicas e religiosas que lançaram seus velhos amigos uns contra os outros. Foi ridicularizado em caricaturas da época que o representavam como macaco. E de felicidade doméstica com Emma, a mulher amada devota e seus sete filhos. Seu lema, durante a vida toda, foi: “Teimando, tudo se faz.”
Empédocles (495-435 a. C), é considerado o pai do evolucionismo: acreditava que a natureza procurava produzir formas mais perfeitas, eliminando as menos adaptadas.Também Epicuro, já dizia: a vida , é uma força louca demais, para ser originária de um espírito divino, nenhum Deus era responsável pela criação, adotou a teoria de Demócrito como base concebeu a teoria da evolução (o mundo é uma auto-criação pela confluência acidental de átomos), vinte e dois séculos antes de Darwin. O padre Suarez, no século XVI, defendeu a teoria fixismo ou princípio da imutabilidade das espécies, segundo esta teoria, baseada na interpretação literal do Gênesis, as espécies teriam sido criadas por deus,com seu aspecto atual, sem sofrerem modificações ou transformarem-se em outras.
Agora já conhecemos e também, temos provas da evolução, através da Paleontologia (fósseis), provas embriológicas (semelhança embriológica de diferentes espécies animais, semelhanças bioquímicas na excreção dos animais), Provas Anatômicas (baseadas na comparação da anatomia das espécies, homologia e analogia), a teoria do Lamarckismo, (lei do uso e desuso dos órgãos e lei da transmissão dos caracteres adquiridos), Princípio de Hardy e Weinberg (frequëncia gênica), as Leis de Gregor Mendel, que descobriu as leis da hereditariedade, os genes que estão no processo de reprodução de geração em geração, que os cientistas puderam definir como sendo uma molécula gigantesca, a que foi dado o nome de ácido desoxirribonucléico, também chamado de ADN. As idéias de Darwin, junto com os conhecimentos genéticos, formam a idéia evolutiva atual denominada: Teoria Sintética da Evolução ou Neo Darwinismo ou Teoria Moderna.
Os primeiros macacos a andar de pé viveram há milhões de anos. Sabe-se hoje que o genoma humano é 99% igual a dos chimpanzés pigmeus (símios) em sua configuração cromossômica. É bastante parecido com o nosso ancestral australopiteco, que teria vivido na África há cerca de 3,5 milhões de anos. Um Bonono (chipanzé) já conseguiu-se comunicar com desenvoltura usando um tabuleiro de símbolos e pronunciou uma palavra e frases em inglês. O homem nada mais é do que um macaco superevoluído. Homem e macaco são bastante semelhantes, uma vez que a diferença ocorreu devido a uma mutação, genética acidental, ao caso em determinado momento da nossa evolução. Chipanzés se reconhecem no espelho. Oragotangos, observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. Cetáceos e primatas, são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. A maioria das aves e mamíferos tem algum raciocínio. Amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. A idéia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40.
A recuperação e a análise do DNA, matriz genética de todos os seres vivos presente em ossos e outros tecidos, abriram novas possibilidades de investigação. Com isso pode-se entender a evolução do Homo sapiens, rastrear a trajetória das criações antigas e a origem das plantas e animais conhecidos, até o antigo ancestral vertebrado conhecido, uma criatura de cinco centímetros chamada Pikaia Graciens, que ainda não exige idolatria. Aceitar a evolução não vai fazer de você um ateu, porque há muitos evolucionistas que acreditam em um deus ou vários deuses. Há biólogos espalhados por todo o mundo, com criações religiosas diferentes. O motivo pelo qual todos concordam que a evolução existe é simplesmente porque eles sabem que o DNA muda, portanto os organismos mudam, portanto as populações mudam, portanto as espécies mudam.
O nome dele é John Graig Venter, esse novo Deus, o primeiro bilionário da biotecnologia. Assim com Darwin, saiu pelo mundo para fazer as suas pesquisas, comprou um veleiro, transformou-o em laboratório e saiu navegando pelo mundo, coletando genes. Pegava amostras de água de vários lugares e seqüenciava, em massa, todos os pedaços de DNA das criaturas ali presentes. No final da viagem o cientista , do J. Craig Venter Institute, contava com uma base de dados de nada menos que 6 milhões de genes, vindos dos mais diferentes organismos. Seu objetivo é transformar uma bactéria que trabalhava para a própria sobrevivência numa que trabalhe pela nossa.
Venter anunciou esse ano a publicação de seu próprio genoma, ou seja , todos os 6,4 bilhões de “letras genéticas”, que compõem seu DNA na seqüência certinha. Era a primeira vez que alguém decifrava o genoma de um ser humano usando como base um único indivíduo. Algo parecido havia acontecido após 13 anos de pesquisa por um consórcio de laboratórios internacionais, porém com amostras de várias pessoas e o trabalho descrevia apenas metade do DNA humano. O trabalho de Venter é o mais completo da história nessa área, o que antes era rascunho virou arte-final. Quanto mais aprendermos sobre o genoma, maior será nosso poder sobre a vida e sobre a morte. Se soubéssemos quais são todos os genes ligados ao câncer , por exemplo, teríamos mais munição para lutar contra a doença.
Após uma longa e exaustiva discussão através dos tempos, com a desajeitada vantagem de que a religião surgiu “primeiro” e serviu de explicação com suas fábulas divinas ao homem como explicação do mundo quando a ciência não existia, a humanidade teve de assimilar as grandes mentiras e a imagem que tinha de si própria, embora as religiões continuem apresentando de forma equivocada e inútil e como entrave ao conhecimento da origem do homem. A ciência deu a resposta à pergunta, que : “De quem descendemos e de onde viemos ?” Darwin tocara o estudo do abstrato do céu pelo estudo concreto da terra. O mundo perdera um padre e ganhou um dos maiores cientistas da história.
Na web agora você pode ler (em inglês) tudo sobre a vida de Darwin, suas anotações , ilustrações de diversos mamíferos, aves e répteis, fotos pessoais do cientista, recortes de jornais e muito mais. O endereço: http://daewin-online.org.uk
“Afirmar que Deus fez isso, não é nada mais
do que uma admissão de ignorância vestida
enganadoramente como uma explicação.”
Peter Atkins
Em que você prefere acreditar leitor ? Por favor, não responda agora, (só pense e reflita após ler mais algumas páginas da história ou simplesmente as citações nos finais dos capítulos). No Gênesis do Livro, que diz:
“Deus criou o Mundo primeiro, primeiro o mundo mineral, vegetal, animal e só no fim criou o homem e a mulher, os criou à sua imagem e semelhança. E lhes disse: crescei e multiplica-vos, dominai sobre e terra e sujeitai-la”.
Para existir um Arquiteto, Projetista ou Um Criador, precisa haver a existência e não interpretar a existência à vontade de uma pessoa desconhecida. Por que a Bíblia não diz nada de verdadeiro sobre o DNA, Astronomia, Biologia, Ciência ou algo parecido? Os antigos hebreus acreditavam que a Terra era o centro do Universo, e que o sol, lua e estrelas eram manchas no céu. Com isso a Bíblia concorda. Pensavam que a Terra era plana, com quatro cantos; que o céu, o firmamento, era sólido – o piso da casa de Jeová. A Bíblia ensina o mesmo. Imaginavam que o Sol girava em torno da Terra e que, parando o Sol, o dia se prolongava. Foram precisos muitos séculos para forçar os Teólogos a admitir isto. Relutantemente, cheios de malícia e ódio, os pregadores se retiraram de campo, deixando a vitória com a ciência. Para alguém que está fora da fé cristã, é espantoso como um livro pode ter um conteúdo tão trivial e, mesmo assim, ser considerado produto da onisciência.
Perguntaram a Steven Pinker, professor de psicologia da universidade de Harvard e autor do livro Como a Mente Funciona – Se a ciência inviabiliza a crença em Deus? – ele responde: “Sim. Quanto mais aprendemos sobre o mundo, menos vemos razão para acreditar em Deus. O senso moral pode ser estudado como qualquer outra faculdade mental, através da psicologia evolucionária e da neurociência cognitiva. Deus não tem nada a ver com isso”.
Por isso podemos dizer que, religião, que ignora as explicações da ciência, física, química, biologia, arqueologia e paleontologia é pura invenção do homem para preencher a sua existência com hipóteses, que exige ao mesmo tempo, amor, fé cega subjugada e temor para as respostas de Deus na “fabula da criação divina”.
Não se surpreendam se num futuro próximo o Vaticano realize um pedido de desculpas póstumo ao naturalista britânico Charles Darwin e revise a posição a respeito da Teoria da Evolução. Afinal, é o que eles sabem realizar muito bem através do seu tribunal eternamente em sessão.
“O Universo não apresenta qualquer evidência de uma mente dirigente (…)
Todos os bons intelectuais têm respeito, desde o tempo de Bacon,
que não pode haver qualquer conhecimento real senão aquele baseado em fatos observáveis.”
Augusto Conte